PEQUIM (BEIJING)

FUI À CHINA-NA, SABER COMO ERA A CHINA-NA, TODOS ERAM CHINA-NA, LING LING...

China-na. Eu gosto muito de voar pra países na Asia, pois parece que (nós, ocidentais) vamos pra um outro planeta - só que não! Nessa viagem, visitei a Grande muralha da China, a Cidade proibida, Praça da paz celestial, Jingshan Park e assisti à Ópera de Pequim no mesmo dia. Então, este post acabou ficando meio grande e eu muito cansado pois dou a explicação detalhada de como chegar nesses lugares pelo transporte público.


A GRANDE MURALHA DA CHINA

Essa enorme muralha de mais de 21.196 Km de comprimento e, em média 7 metros de altura e mais de 40 mil torres de observação, começou a ser construída por volta de 200 a.c. e foi concluída no século XV. Dizem ainda que ela pode ser vista do espaço, então eu resolvi que preferia vê-la bem de pertinho mesmo.

Eu geralmente faço meus passeios usando o transporte público, que é super mais barato. As excursões dos hotéis para a muralha custam em torno de ¥400 a ¥900 dependendo da facada que querem te dar. Em abril de 2014, ¥400 equivalem a quase R$150,00 ou €50,00. E a maior parte delas não incluí as entradas para o teleférico que te leva ao topo da muralha, entrada para a muralha e carrinho em trilhos que te leva para baixo. Fora que, na maior parte das vezes, você vai ter que ir a lugares pouco ou nada interessantes que estão incluídos nos pacotes de um dia inteiro, como museu da jade, museu da seda... que na verdade são ateliês que produzem artesanatos com esses materiais e tem suas "lojinhas" pros turistas.

Se você fala inglês e tem espirito aventureiro, vá de metrô + trem e gaste cerca de ¥40 para ida e volta. O metrô de Pequim é bem organizado e os nomes são escritos em ideogramas e em inglês. Não, não é super lotado - eu andei no horário de pico e achei cheio, mas não estava lotado. A primeira coisa a fazer é adquirir um IC CARD direto na bilheteria do metrô mais próximo de você. Nas bilheterias existem adesivos com o nome do cartão, então, como eles não entendiam inglês, simplesmente apontei pro adesivo e entregue o dinheiro. Recomendo "entregar" ¥50 ou mais, sendo ¥20 do cartão recarregável e ¥30 para ida-e-volta no metrô (cada viagem custa ¥3) e no trem (cada viagem custa ¥5). Esse cartão é aceito nos ônibus também então, caso vá ficar vários dias, se antecipe e carregue mais dinheiro no cartão. ATENÇÃO: a bilheteria do metrô só abre as 7h da manhã, então, se programe para comprar o cartão um dia antes, caso pretenda ir bem cedo ou ir depois hdas 7h.

(Aponte para o adesivo e compre seu IC card. O IC card pode ser recarregado nessa máquina, que também vende bilhetes normais caso a bilheteria esteja fechada)

Pegamos o trem para a estação Pequim norte, que no mapa do metrô se chama XIZHIMEN (é uma conexão entre as linhas 2,4 e 13). Chegamos lá pela linha amarela, então seguimos as placas para a plataforma da linha azul, que vão apontar para a saída A - Beijing north railway station. Não tem segredo, basta seguir as placas (que são muitas) e ir subindo rumo a estação de trem que fica na superfície. Caso precise comer, nessa estação central há KFC, starbucks, McDonalds, 7eleven e outras conveniências.

(Siga as placas sentido "Beijing North Railway Station)

Saimos da estação de metrô e subimos para a estação de trem - detalhe, você passa o cartão no metrô na entrada e na saída, de modo que ele te cobra pela distância percorrida - e procuramos o trem para BADALING. Você só precisa mostrar o IC CARD para o guarda da estação de trem e entrar direto. ATENÇÃO: programe-se para chegar lá pelo menos 1h antes da partida do trem, porque costuma lotar. O número do trem é a primeira coluna, o horário de partida é a segunda coluna e a chegada em Badaling a ultima coluna da planilha abaixo (em abril de 2014). Sabendo o número do trem, basta olhar os telões espalhados pelo interior da estação pra ver o número da plataforma de onde ele partirá.

(Os horários dos trens para Badaling)

Outra opção é ir de micro ônibus de transporte particular. Há vários motoristas que ficam oferecendo o transporte na frente da estação de trem de Xizhimen. Caso você não consiga embarcar porque o trem está lotado ou porque os horários não são bons pra você - que aconteceu comigo - é OK pegar uma dessas vans. Chegamos as 7h40 para pegar o trem das 8h34 mas já não havia mais lugares, então fomos passear na cidade proibida e deixamos para ir de tarde na muralha, mas, chegamos atrasados na estação e optamos por pegar a van mesmo.

O trajeto dura cerca de 45 minutos e o preço que pagamos (depois de muito barganhar) foi de ¥350 ida-e-volta para duas pessoas + os pedágios, que somam mais ¥60,00. Ou seja ¥205 para duas pessoas irem (¥102,50 para cada) e o mesmo valor para o retorno. NUNCA PAGUE TUDO DE UMA VEZ, nem pague antecipado. Mostre que tem o dinheiro e pague ao chegar no destino - é assim que a vida funciona. E lá, como eles não falam inglês direito, tente escrever em um papel e faça desenhos se preciso de cada pessoa e quanto cada um vai pagar. Porque bobo sou eu!

O trajeto de trem dura cerca de 1h30 e, ao chegar na estação de Badaling, basta sair e virar a esquerda - ou seguir o grande fluxo de pessoas. O que a maior parte das pessoas faz é comprar o ingresso do teleférico (cable car) que custa ¥80,00 apenas para subir + ¥35,00 da entrada da muralha e costuma pagar mais ¥35 para descer de tobogã (sliding cart).

(Não se preocupe pois lá há placas mostrando onde as atrações se localizam e há uma vila comercial, com restaurantes típicos, lojas de produtos com preços aceitáveis e fast foods - Subway, KFC, entre outros)

Nós optamos por "entrar pela outra saída" para poder andar mais pelas muralhas. Alías, quando eu falo nós é porque estava acompanhado de outra comissária do meu voo... melhor esclarecer senão parece que tenho problemas de personalidade. Enfim, demos a volta e entramos pelo lugar onde há um pequeno zoológico. Pra chegar lá, seguimos as placas para o Sliding Cart. Devo advertir que essa parte da muralha é muito mais inclinada, escorregadia e difícil de caminhar do que a parte que você acessa pelo teleférico. Jamais levaria minha mãe nesse lado da muralha, pois chega a ser perigoso em alguns pontos de tão ingrime e escorregadio que é. Mas, as paisagens compensam e tivemos a vantagem de não ter ninguém por perto.

(É muito, mas muito ingrime!)

Na hora de descer para ir embora, optamos por descer pelo caminho mais fácil, composto por escadas e rampas construídas para os turistas. Ainda acho que teria sido mais legal e menos cansativo subir de teleférico, passear brevemente pela muralha e descer pelo tobogã. Mas, ainda assim, passear pela parte pouco visitada desse trecho da muralha foi incrível. Na volta o motorista da van estava nos esperando, e ele nos levou diretamente para a cidade. Os trens para voltar saem da mesma estação e as passagens custam o mesmo valor da ida. Informe-se sobre horários quando chegar a Badaling.



A CIDADE PROIBIDA e PRAÇA DA PAZ CELESTIAL

O nome do lugar me lembra muito "Lambada, a dança proibida", mas, no máximo o que achamos foram uns idosos fofos dançando umas musiquinhas meio bregas. Chegar lá é mega fácil: só pegar o metrô na linha 1 (vermelha) e descer ou em Tian'anmen West ou em Tian'anmen East. Saindo do metrô, basta seguir o fluxo de pessoas. A praça da paz celestial estará do outro lado da rua e eu a reconheci pela bandeira enorme da China.

(Praça do trânsito infernal da paz selestial)

Ao chegar lá eu percebi que "cidade proibida" é um termo meio marginal de chamar o Museu do Palácio Imperial, mas se você perguntar onde fica a cidade proibida, caso alguém te entenda, eles reconhecem o lugar. A arquitetura é o principal para ver no local. Trata-se do antigo conjunto de residências, escritórios, templos e espaços vazios enormes e inúteis que um dia serviram de Palácio para o Imperador Chinês e recebeu esse nome por ter sua entrada proibida aos não nobres.

O que chama a atenção nesse conjunto de edifícios é a arquitetura e a riqueza de detalhes em algumas partes das edificações. Esta sempre muito cheio e, a entrada para a parte "proibidona" mesmo custa ¥60,00. Daí você entra e encontra um grande prédio com telhadinhos tradicionais e tudo mais; e anda, anda, anda, anda, anda... anda mais um pouco e chega em outro prédio igual com o mesmo telhadinho e mesma arquitetura; e anda, anda, anda, anda, tropeça em chineses, anda mais um pouco e encontra o que? Outro telhadinho igual com a mesma portinha e o mesmo tamanho de construção descomunal ou seria descomunista até a hora que você cansa de ver os telhadinhos iguais e acha um jardinzinho lá no fundo, já quase na saída do lugar.

 (Edificio 1)

 (Edifício 2)

 (Edificio 3 - Tudo igual!)

 (Você toca esse grande caldeirão e faz um pedido... pra quem, eu não consegui entender...)

 (Depois do terceiro prédio IGUAL, tem um grande NADA que leva pras casinhas menores e pro jardim)

(Incrível a riqueza de detalhes de tudo)

(Jardim da perfeita harmonia)

 (Jardim posterior da cidade proibida) 

Pra voltar para o metrô foi preciso cruzar novamente todo o palácio até chegar a entrada onde haviamos comprado nossos ingressos. De lá, é preciso sair para um dos lados (qualquer um, pois há duas estações e elas estão equidistantes) e contornar as muralhas e o lago do palácio até chegar novamente à avenida principal onde se localizam as estações do metrô.


O QUE VI E O QUE PROVEI 
 A China me parecia ser um lugar encantador e, felizmente, realmente é. Porém, já vou te mandar a informação direta, sem filtros, de que eles não falam inglês. E se você não fala inglês, é melhor estar em uma excursão porque não é fácil se fazer entender por eles. Na maior parte das vezes eles tentam se comunicar conosco, mas eles não tem muita paciência não e logo te ignoram. E não ignoram por grosseria... é só porque eles provavelmente se sentem mais constrangidos em não poder ajudar do que qualquer outra coisa.

VOLTARIA?