domingo, 22 de setembro de 2013

A VIAGEM PRA NARNIA (DUBAI) - EXPERIÊNCIA DE BORDO COM A EMIRATES


Bom, passando toda a choradeira louca da despedida, chegou um momento legal dessa história: voar pra Dubai. Tá, eu sei que pode parecer estranho ler isso de um ser humano normal, mas eu adoro ficar confinado dentro do avião e voar. Sei lá, sempre me dá um frio na barria,  um medo de morrer, uma estranha reflexão de como o ser humano é danado de esperto pra construir uma maquina tão legal que consegue sair do chão e voar, voar, subir, subir...

E lá começamos o voo pra Dubai! A Emirates é super pontual, então, 45 minutos antes do voo eles já tinham iniciado o embarque e, 15 minutos antes de partirmos, as portas já estavam fechadas e todos sentados bonitinhos em seus respectivos lugares prontos para começar às 15h de viagem pra Dubai. O voo da Emirates tem todas as nacionalidades dentro, menos brasileiros. Até que tem um brasileiro aqui e ali, mas, tem muito estrangeiro. Tinha uma fila gigante de chineses – e durante a espera na sala de embarque esses “queridos” já trataram de tirar os sapatos e colocar o chulé pra fora, pro mundo todo sentir. Imagina dentro no avião que legal iria ser sentar do lado de um individuo desses! Super diferenciados. Talco é para os fracos.

Ao entramos, já avisamos que esse nosso DOJ e os comissários foram super receptivos conosco desde então. Acho que dava pra perceber na nossa cara que a gente estava voando pra Dubai pela primeira vez pra entrar na Emirates, porque estávamos muito “pimpões” pra pessoas quase normais. Eu estava sentado na poltrona 47K (janelinha, porque sou criança e gosto de ficar vendo o mundo e as estrelinhas e tinha feito meu check in online justamente por isso) e a Thais, brasileira que embarcava no mesmo dia, estava na fileira 50C (corredor). Daí, pedimos pra trocar os assentos com nossos acompanhantes e fomos juntos na fileira 50 mesmo. Fizemos a troca e o avião taxiou para a pista e decolamos. Nós dois, brasileiros retardados, estávamos super empolgados e já começamos a tagarelar sobre tudo que vocês possam imaginar.

Só uma hora e meia depois da decolagem é que eles servem o jantar (lá pelas 3h e pouco da manhã) e, baby, esqueça tudo o que você já comeu dentro de um avião antes. Você acha que a vermelhinha é glamourosa porque ainda (e não se sabe até quando) serve comida dentro dos voos internacionais? Então, o que você me diria de ter um cardápio pras suas refeições na classe econômica? Comer com talheres de metal (sim, porque na econômica eles geralmente são descartáveis) em pratos que não são descartáveis, ter uma sobremesa descente e podendo escolher entre opções de vinhos finíssimos, mesmo estando na classe econômica? Pois é baby, bem vindo a Emirates! O cardápio geralmente tem duas ou três opções pra pratos principais e mais duas ou três opções para o serviço de café da manhã. Eu compararia o serviço na econômica da Emirates com a executiva da vermelhinha – sim, já voei de executiva na vermelhinha.

As opções daquela noite eram, para entrada: uma salada de folhas verdes ou salada Nicolete de atum com legumes e feijões vermelhos; e o prato principal era frango ou CORDEIRO. Sim, cordeiro... por que eles são ricos e podem servir isso. Eu não como  carne vermelha nem porco, então ia ficar com o frango mesmo, mas, bem na minha vez acabou. Tudo bem, pois no final das contas eles me trouxeram um macarrão de alguma outra classe que tava uma gostosurinha.


(Comer-comer, comer-comer... é importante pra poder crescer – pros lados!)


(Esse foi o prato na Thais, Cordeiro com legumes)

Depois do jantar, a gente começou a procurar coisas pra assistir no ICE (Informação, comunicação e entretenimento) que é o premiado sistema de bordo da Emirates, com mais de 1000 horas de filmes, séries, documentários e joguinhos, acesso a internet, envio de mensagens de texto direto do celular, tudo “on demand”, ou seja, você começa a jogar ou assistir a hora que você quiser. Tem coisas em umas 15 línguas diferentes e tem uma página inteira só de coisas dubladas pra português ou produções locais. Mas, depois de umas 3 horas assistindo, a gente começou a ficar entediado já que todos estavam dormindo e nós estávamos pilhados pelas novas experiências que nos aguardavam. E, olha, 15h de voo é muita coisa. Mais um pouco e a gente chegava a Nárnia, mas, Dubai ainda estava longe. Até passamos sobre o Acre e o Piauí, mas, Dubai... xiii, só bem depois. Daí, já sabe né?! Mente desocupada, o resultado foi esse:


(Habibi Ia nur Ilaa’in)


(La, la, la, la, la, la, la, la laaaaiiii...)

As comissárias então nos levaram pra conhecer o avião. A primeira classe estava vazia, então conseguimos ver tudo e sentar naquelas cadeirinhas ricas das suites da Emirates. Visitamos também a classe executiva e ganhamos champagne e chocolates Godiva. Alías, todo mundo que passava por nós nos dava chocolates. No final do voo eu tinha uns 8, a Thais mais um monte, fora o que a gente já tinha comido durante a viagem. Como eram chocolates do Brasil, eu estava bem é estocando eles pros tempos vindouros.



(Chocolate e mais chocolate!)

As comissárias nos levaram na galley e nos mostraram tudo. Ficamos lá conversando por um tempão, e tiramos fotos de recordação com elas. Todos foram muito atenciosos e muito legais conosco. Nos perguntavam o tempo todo se queríamos algo mais, se estava tudo bem – claro que eles faziam isso com os demais passageiros também. Mas, conosco elas vinham pra conversar, falar um pouco sobre o trabalho, a vida em Dubai... e nós enchemos a comissária brasileira desse voo de perguntas sobre tudo o que vocês possam imaginar.


(Comissária inglesa, espanhola, eu, Thais, comissária inglesa, brasileira e chinesa)


(A Thais com o chapeuzinho da Emirates. Ela toda linda e glamourosa. Eu todo acabado)

(As mensagens que eles escreveram em nossas fotos)



Enfim, depois de muitas e muitas horas de viagem. Muito chocolate e muita conversa, eu a vi pela primeira vez: Dubai. Tão brilhante, tão grande, tão, tão... Arenosa! Mas, linda, organizada e progressista.

(Foi assim, como ver o mar pela primeira vez)

Chegamos. Assim que a aeronave tocou o solo de Dubai, eu e a Thais nos olhamos e percebemos que o novo começava ali. Muita empolgação, muito tudo. A aeronave parou em um dos terminais da Emirates e, ao olharmos em volta, só vimos aviões da Emirates. Tudo Emirates! Tudo lindo, tudo organizado. Nesse momento eu me lembrei dos aeroportos do Brasil e pensei: “como pode, a gente tem tanto dinheiro, tanta inteligência, tanto espaço... e tudo é tão precário!”. Mas enfim, minha realidade agora é outra.
Após nos despedirmos daquela Crew legal, desembarcamos. O aeroporto é todo lindo, limpo, organizado, tudo de mármore e coisas douradas/ prateadas, tudo grande, imponente ... meio brega em alguns aspectos, mas, uma estrutura realmente exemplar pra receber passageiros de todo o mundo. Sem comparações com nada do que temos no Brasil. Fez o aeroporto de Guarulhos parecer um ponto de ônibus se comparado com o aeroporto de Dubai.

(Bem vindo a Dubai!)

Bem, ao chegar ao aeroporto somos indicados a procurar alguém do serviço de welcome and greeting deles: o marhaba (que em árabe significa “bem-vindo”). Saímos do avião e não vimos ninguém. Ok... começamos a andar no sentido da imigração... e ninguém! Perguntamos onde encontrar o pessoal do “marhaba” e eles nos mandaram seguir algumas pessoas e passar pelo raio X. Fizemos isso. Chegamos em um enorme free-shop e continuamos procurando. Nada! Perguntamos no guichê de informações do aeroporto e nos mandaram pra outro lugar, no 4º andar. Andamos uns 20 minutos e nada. Finalmente achamos o lugar pra onde nos mandaram... e era o lugar errado! Haviam nos mandado para o lounge destinado aos passageiros que saiam de Dubai, não os que chegavam. Fizemos todo o caminho de volta, mas, detalhe: já tínhamos “saído” do setor de chegadas. Felizmente um funcionário entendeu o que a gente queria, nos colocou pra “dentro” da área certa no aeroporto e nos mandou pro lugar certo. Quando chegamos no saguão certo, nosso nome já nem estava mais no totem de chamada das chegadas. É baby, tira o cavalinho da chuva quando a ter alguém esperando com uma plaquinha com seu nome porque num é bem assim, Darling.

Procuramos as pessoas da “marhaba” e encontramos uma senhora que já estava toda brava. Até pensei que ela devia trabalhar pra British Airways, mas, nem. A mulher estava toda toda, nos tratou meio mal querendo saber porque tínhamos demorado tanto. Explicamos a história e ela ainda assim continuou fazendo a grossa – em resumo, foi um péssimo serviço de recepção! Até pensei em fazer uma reclamação, mas, deixei pra lá. Estava tão feliz em chegar em Dubai que só conseguia ver o lado positivo das coisas.

(No names)


Depois disso e de nos dar umas patadas ela pediu pra que sentássemos e esperássemos por informações – isso ainda antes de fazermos os procedimentos de imigração. Havia mais umas 4 pessoas que chegaram naquele momento, de lugares diferentes, e que estavam entrando na Emirates naquele dia. Ficamos lá conversando por uns 30 minutos, até que a “moça simpática” veio nos conduzir à próxima etapa da imigração.  Eu e a Thais, brasileiros acostumados com trombadinhas, estavamos preocupados com nossas malas, porque havíamos chegado faz tempo e ainda não as tínhamos tirado do carrossel. Fomos para um setor preferencial onde um guichê nos atendeu imediatamente. Apresentamos o passaporte, o visto de trabalho e eles fizeram uma leitura da nossa íris, através de um leitor a laser – coisa de primeiro mundo. Tiraram uma foto nossa ali mesmo e prosseguimos pra retirada das malas, que estavam lá girando e girando na esteira a espera dos donos. Detalhe: nessa hora lembrei que ninguém ia pegar nada, porque estávamos num país onde a lei é efetiva e ninguém rouba nada de ninguém, porque a punição é exemplar.

Fomos para uma salinha da Emirates onde outra pessoa nos passou informações detalhadas sobre os próximos dias de apresentação à empresa, nos falou algumas coisas sobre Dubai (que eu não entendi) e as acomodações e recolheu nossos passaportes e 8 fotos em formato de passaporte. Nesse momento eu me senti como a Morena daquela novela Salve Jorge, entregando meu passaporte pra uma pessoa em outro país, mas, aqui faz parte do procedimento para se obter o visto permanente, e não pega nada. O passaporte fica com o órgão responsável do país e eles vão me devolver num dia agendado no meu cronograma de curso. É, as coisas aqui FUNCIONAM!

Depois disso, hora de arrastar as malas até os carros que nos aguardavam pra nos levar até nossas acomodações e ver Dubai de pertinho pela primeira vez. Dividi o carro com um indiano, Ankit, que ia pro mesmo lugar que eu: Sarab. Agora, o que aconteceu quando eu cheguei lá e os dramas que passei, são cenas do próximo capítulo de: “Nas areias do destino”.

Obrigado por ter vindo aqui e lido meu blog. Volte sempre!

É isso aí. Aperta o sinto e senta a pua!

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

DAY OF JOINING (DOJ) - ABRE O CAIXÃO QUE EU QUERO ME DESPEDIR DO DEFUNTO


Se você buscou meu blog pra saber mais sobre o processo seletivo de comissários da Emirates, clique nos links a seguir e você verá as postagens de 2010, 2012 e 2013 sobre o Open Day. Agora, se quer saber sobre minha saga com detalhes, explore os menus de postagens anteriores aqui do lado direito da página. Seja bem vindo!

Desde que eu botei na minha cabeça que queria ir pra Dubai e queria trabalhar como comissário de bordo na Emirates, em 2010, acho que o dia mais esperado de todos foi o dia em que eu iria pegar minhas malas, subir no avião e voar para outra cidade, em outro país, outro hemisfério, outro continente e outra cultura.  Finalmente chegou o momento de atravessar meio mundo e ir parar em terras por mim nunca dantes exploradas.

O dia chegou. A hora é agora. Estou me cagando todo com muito medo de enfrentar todas as mudanças que estão por vir. Tanto as negativas como as positivas. Mudar é difícil, sabe. Quando alguém te fala: “abre a janela e dá uma olhada no mundo lindo que esta te esperando”, provavelmente essa pessoa te fala isso sentada na cadeira confortável de sua sala de estar. Ninguém te fala direito das adversidades que você irá enfrentar e quanto isso mudará quem você é e como você vê o mundo. Mas, mudar é bom, dizem. Será? Espero que sim. Por vezes a gente precisa tomar um pontapé na bunda pra andar pra frente, e o meu foi uma frase idiotinha que eu vi no facebook de alguém, mas, virou meu lema de motivação nesse momento: “Tá com medo? Vai com medo mesmo!”. É isso! Vou fazer o que?

No dia do meu embarque foi uma correria só. Meu amigo Caio foi pra casa, pois levaria a mim e minha mãe ao aeroporto e passamos todos a tarde em casa.  Depois tentei ir numa casa de câmbio <’((( --< trocar uns dólares pra levar mas o trânsito em Itaquera tava dureza, e resolvi voltar. Minha mãe estava uma pilha! Minha irmã mais velha, que também estava em casa, também estava ansiosa e as 18h00 elas já começaram a me apressar e falar que íamos chegar atrasados no aeroporto. Detalhe, o voo pra Dubai só decolaria as 01h25 da manhã do dia seguinte e eu moro a meia hora do aeroporto de Guarulhos. Tomei banho voando, conferi mais uma vez o peso das malas, comi um lanche, comi bolo do “Seu Osvaldo” – uma doceria da zona sul de São Paulo que tem um bolo de profiteroles que é uma loucura -  e partimos. Que apertinho no coração ter que dizer tchau pro meu quarto, pra minha cama, pros meus aviõezinhos, meus CDs, meus DVDs, minhas partituras, meu sapato de sapateado (Ah, chorei só de lembrar)... mas, nesse momento ainda estava mais ansioso do que triste.

Chegamos ao aeroporto as 20h00. Apenas com CINCO HORAS de antecedência ao horário do voo! Podia fazer um bate-e-volta pro Rio de Janeiro, que dava tempo. Esse povo desesperado da minha família, viu, vou te contar! Optamos por jantar pelo aeroporto, já que minha próxima refeição só seria lá pelas 3h00 da manhã,  e fomos à Pizza Hut – com o patrocínio do meu rico futuro agregado cunhado, o João. E esperamos, esperamos e esperamos mais um pouco.




(Da esquerda pra direita: Aline, minha irmã, minha mãe, minha outra irmã, atrás dela meu cunhado, eu, o Caio e a Casy. Faltou o Paulo, irmãozinho, que estava trabalhando no dia)


Minha amiga Aline, que fez o curso de comissária de bordo comigo também apareceu pra dar um tchau. Acho que “se despedir” não é o termo mais apropriado porque, enfim, verei todo mundo muito em breve. Depois da sobremesa, buscamos minhas malas no carro e fui despachá-las, pois já tinha feito o check-in pela internet. Nessa hora, uma surpresinha: excesso de peso! A birosca da mala tava uma com 35Kg e outra com 34Kg. Daí começou a feira... aquela pobreza... abri a mala no meio do aeroporto e fiquei choramingando porque não sabia o que tirar da mala. Sobrou pra um sapato velho, umas camisetas, o pijama de frio e duas blusas. Minha irmã do meio falando: “ai, tira essas regatas da mala. Regata é brega”, minha mãe perguntando porque eu ia levar tantos livros, e de repente, minha irmã mais velha pronunciou o impronunciável: “tira o paninho”.




Paninho é um pano (ai, que óbvio), tipo aquela flanela que o Linus da turma do Charlie Brown usa pra dormir, que tem meu cheirinho e, em casa, eu durmo fazendo carinho nisso desde sempre. Sim, eu sei que sou um adulto e supostamente deveria ter me desapegado desses elementos da infância, mas, meu cu eu gosto do paninho e tô cagando não estou preocupado com opiniões alheias. Porém, minha linda família começou a gritar no meio do aeroporto: “paninho, paninho, paninho”. O que eu faço com essas pessoas? Vou matar? Não vou! Vou educar! Eu os fulminei com meu olhar de ira, e eles pararam. Nada como um pouco de pedagogia. E, sim, o paninho veio comigo pra Dubai – foi umas das melhores coisas que eu trouxe; nada como um pouco de segurança emocional.

A moça do check-in, super boa gente, ainda deixou que eu embarcasse com 32,5Kg numa das malas, porque eu expliquei que tava de mudança. E lá fui eu com duas malas de 32Kg cada, 11 Kg na mochila e mais uma sacola com 12Kg de livros. Total de 86,5Kg. A mochila eles não pesaram, porque em termos de volume, era pequena (trouxe alguns DVDs e meu laptop, que é pesado); e quanto a sacola de livros, também era pequena e eu nem falei nada sobre ela... fiz o desentendido e levei comigo.



(Detalhe na sacola de livros)

E lá fui eu. Abracei todos eles. Beijei todos eles. Abracei todos eles de novo. Beijei todos eles de novo. E tudo isso sem chorar! Só segurando a marimba. Daí abracei todo mundo mais uma vez... não queria soltar minha mãezinha ... e fui. Com medo, mas fui. Entrei no portão de embarque sorrindo e assim que virei às costas pra todos eu comecei a chorar loucamente como se não houvesse amanhã. Quando fiz a volta na fila do portão de embarque eles ainda estavam lá e me viram chorar. Daí, parte de mim naufragou. Morri um pouquinho por dentro. Raramente alguém me verá chorando, mas nessa hora eu chorava tanto que a moça da alfândega perguntou se eu estava bem. Depois o pessoal do raio X perguntou se eu estava bem porque, sério, eu soluçava. Depois um pessoal da segurança perguntou se eu estava bem... daí eu parei, porque percebi que já tava começando a fazer como a  Maria do Bairro drama. Não tenho vergonha de admitir que choro e que foi um dos momentos mais desesperadores da minha vida – depois da morte do meu pai. Acho que esse foi o momento em que a realidade bateu na minha porta. Esse seria um grande passo e eu ainda estou incerto se minhas perninhas conseguirão ir tão longe. Sair de casa para o mundo é diferente de sair de casa para um lugar só seu, mas na mesma cidade ou país.

Fui para o portão de embarque onde encontrei a Thaís, uma garota de São Paulo também com a qual estava mantendo contato, já que sabia que ela embarcaria no mesmo dia que eu, e ela também estava com cara de choro. Conversamos, conversamos mais e mais um pouco até a hora do voo. E lá fui eu. Com medo, mas fui. Entreguei meu cartão de embarque e entrei no avião e tudo o que aconteceu antes disso ficou no passado. Não esquecido, mas, em outro lugar, que não é mais o presente. E o futuro... é algo que ainda está por vir. Nada escrito, nem nada definido. Tudo poderá ser ou não. Espero que tudo seja.

E isso aí, agora, vamos voar!

Na próxima postagem eu vou colocar detalhes do voo e da minha chegada a Dubai. Volte logo pra ver!

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

PREPARAÇÃO PARA O EMBARQUE - COMO PASSAR UM CAMELO PELO BURACO DE UMA AGULHA


Galera, eu peço desculpas pelos meses que fiquei sem escrever, porque estava com a vida cheia de atividades. Estava atuando no musical Avenida Q, estudando e tentando dar o máximo de atenção aos meus amigos e família antes da pic-despedida que estaria por vir, portanto, esta postagem é retroativa. Já estou em Dubai, mas faz de conta que eu ainda não tinha chegado aqui, tá! Só pra manter o clima de novidade das coisas.


(Faltando 1 dia para meu embarque)

Acho que todo mundo já ouviu aquela expressão: “passar um camelo no buraco de uma agulha”. Bem, meus caros amigos, foi mais ou menos isso que tive que fazer pra arrumar minhas malas. Desde sempre eu tive MUITA roupa e MUITOS pares de sapato. Não estou falando de roupas caras ou grandes marcas, mas, gosto de ter opções e variedade. Fora isso, em maio desse ano eu havia ido para Miami, o grande paraíso das compras, então, estava carregado de novidades e afins.

O grande problema é: como colocar sua vida em apenas duas malas de 32Kg cada? Isto porque brasileiros ainda tem essa vantagem de poder levar duas malas de 32Kg cada – para os outros países o limite de bagagem é de apenas 50Kg ao todo. Comecei fazendo uma lista com todas as coisas que precisaria colocar nas malas e aos poucos fui separando tudo em casa, até que na terça-feira que antecedia meu embarque eu parei e fiquei o dia todo arrumando as malas.

Trouxe um terço do meu guarda-roupas com roupas de frio e de calor, 10 pares de sapato/ tênis, cuecas, meias e um monte de coisas mais. Trouxe, por exemplo, uns 300ml do sabonete líquido de casa, kit de costura, papa bolinhas (pra tirar bolinhas de roupas – porque não tem isso em outros países, a não ser no Japão e na China), meu joystick, entre muitas outras coisas. Muitas coisas eu admito que trouxe de trouxa que sou! Tipo, trouxe caderno, estojo, canetas e afins e isso é vendido em qualquer mercadinho daqui. Kit de costura também vende em todo lugar.

Tem umas coisas que são legais de trazer e eu trouxe de casa, como gel de cabelo (o daqui é fraquinho se comparado ao gel-cola que temos no Brasil), meia social (aqui custa caro) e comidinhas tradicionais: farofa, chocolate granulado e forminhas pra brigadeiro (leite condensado daqui é igual, inclusive dá pra ver no rótulo que ele é feito no Brasil), guaraná, achocolatado em pó (se você gosta de toddy ou nescau), chocolate bis, chinelo havaianas, biscoito traquinas, feijão. E antes de trazer algum produto que você gosta, veja o nome da empresa fabricante, pois a Unilever, por exemplo, tem os mesmo produtos aqui também. Estou lavando minhas roupinhas com sabão OMO e amaciante Confort - também tem dawny, uso sabonete lux, meu shampoo é elseve (tem seda também, mas tem outro nome), escovo os dentes com colgate, meu desodorante é dove, meu creme de barbear e lâminas são da gillete, e por aí vai. Sim, aqui tem leite normal, sucos, cereal matinal, arroz, camisinhas (eu achei que não iria ter por ser um país muçulmano), molho de tomate pronto, macarrão, manteiga, pão, queijo, enfim, tudo o que a gente consome normalmente. O setor de hortifruti é meio caro, tipo, 19 dirhams um kilo de tomate (isso dá uns R$11,00), mas, todos os tomates são perfeitos – nem precisa escolher – e é preciso lembrar que estamos no deserto. Dubai é uma cidade bem cosmopolita, então, acaba tendo tudo de todo lugar e os mercados são iguais aos carrefours ou walmarts que temos perto de casa. Não falta nada!

Uma lista básica do que trazer seria:
- Roupas de frio: blusas, camisetas, calças, cachecóis, luvas, meias quentes, gorros, tocas...
-Roupas de calor: bermudas, camisetas, regatas, saias (para as mulheres)...
- Sapatos para frio e calor
- Roupas de banho (sunga, bermuda, biquíni)
- Documentos, passaporte e visto.
- Comidas tradicionais
- Produtos de higiene pessoal e medicamentos
- Perfumes/ óculos/ cremes/ acessórios em geral.
- Equipamentos eletrônicos (câmera, laptop, celular – aliás, certifique-se de que seu celular seja desbloqueado antes de chegar aqui).
Depois vem a parte de brincar de quebra-cabeças pra colocar todas essas coisas juntas dentro das malas. Foi um super exercício de organização espacial. Usando uma balança portátil eu fui pesando as malas até elas atingirem os limites de peso que eu poderia carregar. Uma loucura! Trouxe tanta mas tanta coisa... que agora fico olhando e me perguntando, pra que tanto, José? Pra que você trouxe tanta coisa pro deserto? Seu louco...

Mas, tá tudo bem. Meu maior conselho, nesse sentido, é: na dúvida, não traga. Você encontrará tudo o que precisa e o que não precisa para viver em Dubai, por preços geralmente acessíveis.

Por fim, tem a expectativa de saber logo onde vai morar e receber as primeiras planilhas de programação das coisas. No portal de candidatos pré-selecionados há um campo de “travel arrangements”, onde UM DIA vai aparecer a mensagem do local onde você vai morar e quem vai te transportar pra lá. No meu, o local onde eu moraria só apareceu 3 dias antes do meu embarque, ainda a tempo de evitar que eu morresse de curiosidade. Mas, onde morarei (estou morando) e como as coisas estão por aqui são cenas dos próximos capítulos dessa minha pequena saga pelo mundo.


(Você sabe onde eu vou morar? Nem eu ...)


Espero te ver mais vezes por aqui.
É isso aí. Malas prontas, só esperar pra voar!

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

EXAMES MÉDICOS


Caros leitores: já estou em Dubai! Portanto, façam de conta que essa é uma postagem que fala sobre minha fase pré-embarque, tá!? Então tá! Somos indicados a fazer uma grande quantidade de exames médicos antes de embarcar, como: audiometria, exames de sangue, raio X do tórax, as mulheres tem que fazer papanicolau, temos que levar radiografia panorâmica dos dentes e o escambau. E nós, por indicação, temos de trazer todos estes exames conosco.

Eu fiquei numa dúvida cruel sobre o que levar de exames médicos e preocupado se eu iria gastar muito dinheiro pra fazer tudo. Marquei e desmarquei exames na Samplemed (que faz os exames em São Paulo/ capital) umas três vezes. Atormentei um monte de amigos que já estão aqui com minhas perguntas e tudo que ouvia sempre era “relaxa que tudo é mais fácil que parece”.

Agora que estou aqui vejo que tudo é AINDA MAIS FACIL do que eu pensei que seria. De verdade, não precisa sofrer por nada. Os exames serão todos feitos em Dubai. As coisas acontecem da seguinte maneira: quando você começa a semana de apresentação à Emirates e ao plano de treinamento, no primeiro dia eles lhe darão um envelope marrom onde você deve colocar todos os formulários médicos que nós mesmos preenchemos e fizemos upload no portal de candidatos pré-selecionados; colocamos também uma cópia da carteira de vacinação e o formulário que nosso dentista no país natal tem que preencher e carimbar. Esse envelope vai pra clínica da Emirates e se transforma no seu “histórico médico”. Depois, há no mínimo dois dias em que somos levados ao prédio da Emirates onde eles têm uma clínica própria e lá fazem todos os exames. Na verdade, quase todos eles, pois as meninas precisam agendar o papanicolau ou trazer do Brasil mesmo.


Traga:
a)      Employee Pre-employment declaration of health form (Category C)
b)      Appedix 1 – Summary of medical Standards
c)       Appendix 2 – Medical History
d)      Additional Medical documents – atestados e certificados de cirurgias e outras doenças.
e)      Appendix 3 – Vaccination certificate + certificado internacional de vacinação de febre amarela (no Brasil isso é emitido de graça pela ANVISA, nos aeroportos).
f)       Appendix 4 – Certificate of dental health
g)      Para as meninas, o exame papanicolau.
h)      Se puder trazer a radiografia panorâmica dos dentes, traga. Provavelmente não será usada, mas, não é nada muito caro e é meio difícil de achar dentista por aqui.


No segundo dia de apresentação nós vamos ao HQEK (Head Quarter da Emirates – quartel general), somos divididos em grupos e vamos para um setor fazer uma coleta de sangue que é para o governo saber se trouxemos alguma doença contagiosa ou AIDS para o país deles. Depois, no mesmo lugar, também pro governo, fazemos um raio-X do tórax. No dia seguinte, vamos para o andar B1 do mesmo prédio, onde fica a clínica, preenchemos um cadastro e fazemos uma coleta de urina, outra coleta de sangue (essa pra empresa) e uma consulta direta com um médico que também fará exame de vista, nos pesará, medirá altura, irá aferir a pressão sanguínea e perguntar tudo sobre nosso histórico médico. Se você precisar tomar alguma vacina você toma na sala do médico, na hora mesmo, e o valor da vacina é deduzido do seu salário. É isso. Só isso. Acreditem, é tudo muito fácil, simples e extremamente organizado. Eu havia trazido minha radiografia panorâmica dos dentes também, no caso deles pedirem, mas, até agora não falaram nada.


Claro que, se você nunca passou por um check up na vida ou se passou há muitos anos atrás, vale a pena fazer os exames e trazê-los com você, só pra ter certeza de que estará tudo bem quando você chegar em Dubai e não terá nenhuma surpresa desagradável. Ex-comissários de bordo ou aqueles que possuem certificado de capacidade física podem ficar mais tranquilos também, porque os pré-requisitos no Brasil pra ser comissário, em termos de saúde, são ainda mais rígidos do que aqui. Se você passou por cirurgias, tem próteses de silicone ou alguma peculiaridade com relação à sua saúde, não se esqueça de trazer os atestados e documentação médica referente a isso traduzida para inglês – não precisa ser tradução juramentada.  Caso contrário, NÃO PRECISA FAZER OS EXAMES NO PAÍS NATAL, exceto o papanicolau para as meninas.

É isso...
Só falta um pouquinho pra voar!!!

segunda-feira, 1 de julho de 2013

AVENIDA Q

Ola galera,

Fiquei algum tempo sem postar aqui porque andava muito ocupado com muitas coisas. Bem, só atualizando minha vida rapidamente... eu sai do hotel onde trabalhava pois o musical que fazia em 2010 retornará aos palcos em São Paulo. Não entendeu o que eu, comissário de bordo, tenho a ver com o teatro? Leia o primeiro post do blog.

Trata-se de uma grande produção do musical da Broadway Avenue Q, que aqui no Brasil é chamado de AVENIDA Q. É uma comédia musical muito engraçada que fala sobre temas um pouquinho polêmicos como racismo, homossexualidade, pornografia e vários temas e perrengues do nosso cotidiano de uma forma bem engraçada. E eu interpreto o protagonista da história, Princeton, um jovem recém formado que está procurando seu "rumo" na vida. Qualquer semelhança... não é coincidência!

Assista o vídeo da música "Que merda que eu tô" (sentiu o nível do negócio, né? kkk)

Serviço:
TEATRO SERGIO CARDOSO
Praça Rui Barbosa, 153 - São Paulo / SP
De 7 de julho á 25 de agosto - eu só faço até dia 23, pois embarco pra Dubai!
Ingressos: R$40,00 inteira e R$20,00 meia entrada.
Os ingressos estão disponíveis também pela internet:
http://www.ingressorapido.com.br/Evento.aspx?ID=28233












A AVENIDA Q é a história de Princeton, um jovem recém formado, de olhos vivos e brilhantes que se muda para New York com sonhos grandes e pouco dinheiro no banco. Descobre logo que a única vizinhança em pode alugar uma moradia é na Avenida Q e os vizinhos parecem ser bem agradáveis.

Há Brian, o comediante desempregado e sua noiva a terapeuta Neuza (seus amigos a chamam de JapaNeuza); Nicky o esperto e bom de coração e seu companheiro de quarto Rod, um bancário, super conservador que parece ter alguma espécie de segredo; há ainda um viciado do Internet chamou Trekkie, o monstro e uma linda professora-assistente do jardim de infância chamada Kate. E você acredita que o superintendente do edifício é Gary Coleman?!? (Sim, aquele que fez muito sucesso na TV quando era criança). Juntos, Princeton e seus novos amigos esforçam-se para encontrar trabalho, o seu par e a finalidade de suas vidas.

O musical é muito legal e eu realmente espero por todos lá! O espetáculo é ótimo! Antes de participar dele, eu tinha assistido 5 vezes com elenco anterior daqui do Brasil, assisti em Londres, depois assisti em Nova York e na Argentina. Então, apesar de ser suspeito pra falar, eu super recomendo!!!

É isso ai. Agora uma pausinha antes de voar!!!

domingo, 17 de março de 2013

PROCESSO SELETIVO (Open Day)

Essa postagem fala sobre a primeira fase do processo seletivo para comissários de bordo da Emirates, feito em três etapas: open day, assessment day e final interview. Se quer saber mais sobre open days anteriores, clique AQUI. Se quer saber mais sobre o assessment day, clique AQUI. Se quiser saber mais sobre a final interview, clique AQUI. Se quer saber mais sobre as formigas saúva, clique AQUI. He-he-he ... se não quer saber de nada, vá lavar um tapete e ocupar essa mente, oxê!


A VOLTA DOS QUE AINDA NÃO FORAM

Nesse último sábado, dia 16 de março de 2013, fui ao Open Day da Emirates realizado no hotel Bourbon Convention, em São Paulo. Mas, dessa vez numa situação mais "feliz": como candidato aprovado, futuro comissário, em vias de embarcar para Dubai.


(Marcelo, Rejane, Lukas, "me" e Patricia)

Fomos nós, o Lukas e eu, para ver novamente o processo seletivo, nos apresentar pra galera e para dar uma forcinha para o pessoal da Fly Right (Rejane, Marcelo e Patricia) que comanda e organiza a seleção de comissários aqui no Brasil. Aliás, aproveito a oportunidade pra deixar claro que eu não trabalho pra Fly Right, não tenho nada a ver com o processo seletivo da Emirates nem trabalho pra ninguém que tenha. Todas as informações desse blog são "minhas impressões" sobre o que vejo e ouço sobre o processo seletivo e tem o intuito de dar uma luz, na medida do possível, para a galera se nortear no processo seletivo. Não conheço a formula mágica para a seleção no processo seletivo nem sei direito os critérios que eles usam. Quaisquer dicas são só dicas, não são regras e nem fórmulas. Combinado? Tá bom? Então tá bom...

(as pessoas esperando o chamado para as entrevistas)

Como de costume, havia muita gente para participar do processo seletivo, mas, a ordem de chegada não é relevante. É sempre bom chegar no horário, né meu Brasil!? O horário da seleção varia de local pra local, então fique de olho pra não se atrasar. Coloque um milhão de alarmes se precisar, mas não se atrase. Comissários de bordo não se atrasam (cof cof). Acompanhe os requisitos de cada processo seletivo, datas e horários através do site da FLY RIGHT. Eu acho super válido chegar bem  antes, pra ir se integrando "cos coléga" e já ir aquecendo o inglês, que vai ser a língua oficial do seu dia. Não, eles não vão falar nada em português. Não, não insista!

Antes de comparecer ao Open Day (no Brasil) é preciso se cadastrar no site da Fly right e preencher um "registration form". Depois disso, você receberá um e-mail com suas informações para login no site e terá acesso à "member área", onde deve selecionar o evento ao qual quer participar. Eles enviarão um e-mail informando tudo o que é preciso levar no processo seletivo e confirmarão local e data.

Nessa fase eles pedirão:
- Currículo em inglês atualizado.
- Formulário de cadastro no site da Emirates (se ainda não tiver preenchido, cadastre-se AQUI)
- 2 fotos - tamanho de passaporte (5cm X 7cm) - normal, qualquer lugar faz esse tamanho de foto!



(Essa foi a foto que usei na minha seleção em 2012. Cabeçudo!)

Minhas fotos eu fiz no estúdio SANJER. Lá eles já sabem direitinho o padrão de fotos que a Emirates pede e a Marli dá total suporte e dicas de como se vestir, e ainda faz aqueles ajustes marotos pra que pareçamos "melhoradinhos" nas fotos. Ó photoshop, criador de ilusões. Esse estúdio é, inclusive, referência internacional de como as fotos para o processo da Emirates tem que ser tiradas. As fotos são boas pros processos seletivos das companhias nacionais também, e pra quaisquer fotos de currículo ou fotos profissionais.

Nessas fotos, você tem que estar vestido com roupa social: meninos de terno e meninas "à la glamourosa", preferencialmente de saia (não é mini-saia do funk!) e blazer, com coque no cabelo ou outro tipo de penteado formal, arrumado e que te deixe com cara de gente séria. É dessa mesma forma que você deve se vestir pra ir no Open Day. É roupa social mesmo! Evite "sapatênis", camisa sem gravata, cabelo "acordei e vim assim", sabe!? Mulheres, evitem excesso de maquiagem, sombra azul (meu, isso é pedrada!), excesso de blush que te deixe parecida com alguém que tomou duas chineladas na cara, ou qualquer outro tipo de item de vestuário ou maquiagem que te deixe parecida com a Valesca popozuda. Temos que evitar essas coisas que depõem contra nossa imagem, sabe!? E, os que usam óculos, se forem adeptos as lentes de contato, deem preferência a elas. Os óculos também são aceitos, mas eles tem que ser num estilo conservador. Se seus óculos forem muito chamativos ou coloridos, de preferência às lentes.


COMO TUDO ACONTECE

Pontualmente os candidatos serão convidados a entrar na sala de eventos onde acontecerá uma apresentação sobre Dubai, a Emirates, o salário, benefícios e por fim serão apresentados alguns vídeos sobre a empresa e a ocupação de comissário. Se você tiver perguntas sobre qualquer coisa, faça somente nos momentos apropriados onde for feito um adendo pra perguntas e respostas. Evite se alongar com temas desnecessários! Poupe o tempo dos recrutadores que terão MUITA coisa pra fazer. É mais educado levantar a mão e aguardar que seja oferecido o direito de perguntar, só pra evitar que a coisa vire uma feira.

Depois disso, pedem pra que todos saiam da sala e eles começam a organizar o espaço para as próximas etapas. Pessoas com compromissos inadiáveis, voos de retorno já agendados, necessidade de retornar ao trabalho e outros compromissos importantes tem preferência na ordem das entrevistas. Mas, vamos combinar que "ir pra festa", "sair cás amiga" e "tô com sono, quero ir dormir" não são prioridades validas; aguente firme na fila e espere por sua vez de mostrar seu potencial. Também é de bom tom que os homens cedam prioridade para as mulheres, que vão estar em pé, usando saltos inimaginavelmente altos por varias horas e com os joanetes gritando SOCORRO!

  Então eles começam a chamar as pessoas em grupos ou individualmente para fazer entrevistas rápidas onde eles perguntam coisas como "porque você quer trabalhar na Emirates", "Me fale sobre seu ultimo emprego", "Você está disposto a deixar tudo aqui e ir pra Dubai?", "cite 3 qualidades e 3 defeitos seus", coisas desse tipo. As perguntas servem pra o conhecer melhor e saber se você é mala aberta extrovertido ou mala fechada tímido. Bitch, please - não me faça a pessoa acanhada! Eles também querem te ouvir falando inglês, pra saber se seu sotaque é compreensível e se você se expressa bem.


TESTE DE ALTURA

É feito também um teste de alcance (reach test), onde você tem de conseguir alcançar um papel colocado a 212cm de altura do chão, sem sapatos - pode ser na ponta dos pés. Isso porque há contêineres nas galleys dos aviões e equipamentos de segurança que podem estar nessa altura e precisam ser alcançados por todos. DICA# Faça esse teste em casa se você for  um anão verticalmente desfavorecido (eu fazendo o "politicamente correto") porque isso também reprova. Se for o caso, se alongue por alguns dias antes do processo seletivo, pois isso pode te ajudar a se esticar e alcançar 1 ou 2 centimilímetros a mais.


APARELHO NOS DENTES

Também não pode estar usando aparelho nos dentes. Eles provavelmente recomendarão que você tente novamente quando terminar seu tratamento ou que os remova se quiser mesmo entrar na empresa. Não adianta ser o aparelho transparente, ou aquele que é por trás do dente. Não pode! Próteses são aceitas à medida que sejam extremamente naturais.


TATUAGENS E CICATRIZES

Também é perguntado se a pessoa tem tatuagens ou cicatrizes que possam aparecer enquanto estivesse usando uniforme (Ex.: braços, mãos, nuca, pernas, pés, etc) sendo que há diferentes padrões pra homens e mulheres, de acordo com as diferenças dos uniformes. As tatuagens e cicatrizes não podem aparecer nas áreas em branco da imagem abaixo. Também não é permitido usar bandagens ou maquiagens pra escondê-las. Caso tenha tatuagens nas zonas em branco, eles até perguntam se você quer remover a tatuagem, ou se está em tratamento pra remoção, mas, qualquer coisa fora dos padrões por eles estipulados é terminantemente proibido e eliminatório.

Essa é uma das dúvidas mais frequentes das pessoas aqui no blog. Me perguntam: "tenho um dragão pequeno no pé, posso participar?", "Tenho uma tatuagem no pulso, posso esconder?", "Minha tatuagem é no ombro, vai aparecer?".  Galera, por gentileza, olhe BEM para a imagem à seguir e veja se a sua tatuagem está na área branca. Se estiver NÃO PODE! Não adianta insistir. Caso tenha alguma dúvida sobre algum caso específico, por gentileza, pergunte diretamente pra equipe da Fly Right.

Quanto às cicatrizes, se elas forem em locais aparentes como rosto, mãos, pescoço e colo (para as mulheres) você pode ter problemas. Se for nas pernas ou pés e a meia calça cobrir completamente, tudo bem. Novamente, caso tenha alguma dúvida sobre algum caso específico, por gentileza, pergunte diretamente pra equipe da Fly Right.



REDAÇÃO E DINÂMICA

Há casos em que eles pedem pra pessoa fazer uma redação com um tema que eles escolhem no dia, variando entre coisas sobre sua vida e assuntos gerais. Há casos em que eles pedem pra ler um trecho de um texto falando sobre Dubai ou sobre a Emirates, pra ver como é sua leitura em inglês e, mais uma vez, testar seu potencial em comunicar-se com grupos de pessoas. Fazer ou não algum destes testes-extra não significa que a pessoa será aprovada ou rejeitada, significa apenas que eles querem se aprofundar em algum parâmetro de avaliação pra se certificar de que você é o cara ou a mina, ou não.

Geralmente há ainda uma dinâmica em grupo. Uma amiga me disse que a dinâmica dela consistia em apresentar a pessoa que estava sentada ao lado (como se fosse uma prévia do que estaria por vir no assessment day). Já outra, me disse que eles tinham que inventar uma nova utilidade para um objeto qualquer - no caso dela, era uma régua. Novamente, eles querem ver sua capacidade de comunicação e interação com o grupo. Deixe os outros se expressarem também e procure ser "divertido" na sua descrição. Senso de humor e capacidade de encantar as pessoas são boas características para comissários.


O CORPO FALA

Preste atenção também à sua postura física, caro coleguinha: o corpo fala e sua leitura é bem clara. Evite ficar de pernas e braços cruzados enquanto fala com as pessoas, pois isso pode demonstrar desconforto. Cruzar os braços enquanto alguém fala demonstra rejeição ao ponto de vista do outro e desinteresse. Ficar apertando uma mão contra a outra demonstra ansiedade e desconforto em uma situação. Quando se sentar em uma roda, seus pés apontarão para onde estiver sua atenção: se eles apontam para a porta significa que você quer ir embora (exceto se você já estiver sentado de frente para a porta). O corpo inclinado pra trás pode demonstrar que você está à vontade, mas, se junto a isso os pés ou os braços estiverem cruzados, novamente, significa rejeição às ideias discutidas. O tronco ereto ou suavemente inclinado pra frente indica o desejo de prestar atenção ao que o outro está falando.

Claro que, as vezes cruzamos as pernas apenas para descansar de uma determinada posição ou no caso das meninas, pra não mostrar a roupa intima. Nesses casos, o nosso corpo se comporta de outra forma, dando outros sinais de que essa é só uma posição de conforto, então, não se moleste nem tente agir como um robô. Apenas se policie quanto a algumas posturas realmente negativas. As mão devem ficar preferencialmente relaxadas junto ao corpo ou pousadas sobre as coxas enquanto estivermos sentados. Enquanto falamos, devemos evitar excesso de gesticulação e é interessante manter os dedos das mãos juntos sempre que possível, além das mãos na altura do umbigo ou na lateral do corpo enquanto estivermos de pé.


(Depois de horas de espera, a gente fica MAD. Eu, Milena e Lukas)

Eles ainda podem fazer mais perguntas sobre diversos assuntos, pra saber se você se enquadra nos padrões que eles procuram. Então, relax and take it easy! Mostre que você é o que eles procuram, sorria como se não houvesse amanhã e controle-se pra não mostrar sinais de cansaço ou desgaste. O processo seletivo pode demorar muitas horas, então, se perguntarem se você está cansado a resposta é NÃO! Lembre-se que a Emirates tem voos de mais de 15 horas, e o comissário tem que ter pilha pra durar por todo esse tempo. Dale tomar uns energéticos aí pra ficar ligado que nem aquele coelhinho da duracell. Leve snacks pra comer durante a espera e, quando necessário, vá no banheiro dar um tapinha no visual.


A RESPOSTA

Normalmente as respostas sobre essa fase do processo, pra quem o faz no Brasil, ficam disponíveis no site da Fly Right depois Open Day. Outros, em outros lugares recebem a resposta via e-mail depois de alguns dias. Quantos dias? Depende. Geralmente os selecionadores falam direitinho sobre isso com cada candidato. Mesmo os não aprovados geralmente são notificados; e os aprovados já recebem a data da próxima fase do processo seletivo no portal da Fly Right ou na forma de convite por e-mail para comparecer ao assessment day.


FEEDBACK

Se a pessoa não é aprovada, há como obter um feedback? Geralmente, não. Eles apenas dão feedback negativo na hora para aqueles que não falam inglês ou que não tem a idade mínima de 21 anos, para que  a pessoa saiba o que a reprovou e já convidá-los para tentar novamente no futuro. Antes de reaplicar  para participar novamente do open day é preciso esperar 3 meses.


É isso aí... vamos voar.
Boa sorte pra todos!



domingo, 10 de março de 2013

NEW YORK, NEW YORK - MINHA PRIMEIRA VEZ

Já estive em NYC algumas (duas) vezes antes de querer ser comissário, então, vou começar falando da 1º vez, que aconteceu em outubro de 2010. Ahhh... a primeira vez a gente nunca esquece.

DICAS INICIAIS
A maior parte das ruas é orientada por números. No finantial district, parte sul (parte de baixo no mapa) ela tem nomes de próprios e mais ou menos depois do little italy começa a ter referência numérica e vai até o extremo norte da Manhattan (parte de cima do mapa) onde alcança a rua 191. Horizontalmente, as avenidas também tem referência numérica começando da Avenida 1 na extrema direita do mapa atá a Avenida 12 no extremo esquerdo do mapa. Assim, fica bem fácil se deslocar na cidade... se bem que toda regra tem sua exceção: no meio das Avenidas tem outras avenidas com nomes próprios (Broadway, West End Avenue, Columbus Avenue, etc), mas, não se desespere.

Quando você olhar um preço numa loja, saiba que nele ainda não estão cobrados os impostos. Lá é assim: eles mostram o preço DO PRODUTO, e ao pagar você paga mais 8,5% a 10% de impostos e na notinha fiscal vem mostrando o quanto você pagou de imposto. Ou seja, fique de olho...

Pra quem ainda não conheceu a cidade é difícil entender que ela é formada por 5 boroughs, sendo eles Brooklyn, Bronks, Queens, Manhattan e Staten Island (a pronúncia é tipo"sstétén") e que esses boroughs não são nem bairros, nem cidades por sí só. É um conceito meio "Hong Kong" da vida... mas, ok. O que importa é que tudo lá é bem legal.

Bem, desde sempre eu tive aquele desejo de conhecer Nova York, por conta do meu envolvimento com musicais ... maior sonho fazer aulas no Broadway Dance Centre, conhecer a Times Square, assistir um show da Broadway, visitar a estátua da liberdade... comprar, comprar e comprar como se não houvesse amanhã. Agora, imagina ir pra Nova York pela primeira vez DE PRIMEIRA CLASSE. Pois é baby... difícil essa vida! Eu tinha apenas 4 dias livres antes da estréia da temporada paulista de 2010 do musical Avenida Q e resolvi arriscar e viajar. Fui junto com a Talitha, também do elenco do Avenida Q.

(Muito chato ter que voar de primeira classe da AA)


Ao desembarcar pela primeira vez no aeroporto JFK eu assumo que fiquei impressionado com algumas coisas que no 3º mundo não funcionam direito, por exemplo, fiquei apenas 5 minutos na fila de imigração e minha bagagem JÁ ME ESPERAVA na esteira. Gosto assim! Daí, para chegar à ilha de Manhattan você pode pegar o airtrain que custa $5 até uma estação do metrô convencional, que custará mais $2,50; e de lá seguir até seu destino final. Tudo muito fácil e bem sinalizado. Quando fui, eu desci na estação Jamaica, subi por um elevador até uma passarela que já dá acesso ao metro... e no metrô, me deparo com a primeira excentricidade novaiorquina que encontraria:

(Vestida a lá estátua da liberdade)

ESTATUA DA LIBERDADE
Logo de cara, fui conhecer a estátua da liberdade. Pra chegar lá você pode ir de metrô até a ultima estação da linha 01, que chama South Ferry e vá caminhando até o Battery Park. Lá, procure um paredão circular de pedra, que se chama Clinton Castle - é, digamos, a bilheteria. O horário de funcionamento deles é 9h às 4h45. Se prepare para filas! Tem uma fila pra comprar os ingressos que geralmente é tão grande quanto a de retirada de ingressos daqueles que compram pela internet.  Os ingressos custam $14 para ida e volta no ferry boat que leva até a liberty island e fazem uma paradinha na Ellis Island onde tem um pequeno museu. Você pode comprar também um pequeno pacote com guia de áudio e visita ao museu por $24. Eu optei só pelo passeio básico onde é possível chegar na ilha onde tem a estátua, porque tem umas filas de quase duas horas pra aqueles que decidem subir até a coroa da Dna verde. 

(Eu na estatua da liberdade)

Assim, o passeio é bacana mas é bem clichê: um milhão de turistas, horas na fila e você conhece a estatua da liberdade. É um programa legal pra ter aquelas fotos básicas "estive em NYC". Mas, se tiver pouquíssimo tempo e outras prioridades, dispense esse passeio sem culpa.

Depois, resolvi passear pelo finantial district, bem próximo do Battery park. Lá, encontrei a Wall Street e resolvi ir andando até a Broadway, que é uma longa avenida que atravessa toda a ilha e que abriga muitos teatros onde são encenados os maiores e melhores musicais em cartaz no mundo. Eu pirei!

(Wall Street)

(A primeira vez que pisei na Broadway. Essa cara é porque eu tava chorando - muita emoção)

(Rolando uma arte contemporânea)


CENTURY 21
Eis então que, como diria Maysa: "meu mundo caiu". Cheguei ao templo mór do pecado da ganância na cortlandt Street, número 22 - bem na frente do marco zero, onde antigamente ficavam as torres gemeas do WTC. Se for de metrô, a estação mais próxima é a Cortland St, na linha N - amarela. Esse outlet maravilhoso faz qualquer latino americano pirar com a possibilidade de comprar roupas, bolsas e acessórios com descontos incríveis mesmo. Tipo, pra ter uma ideia, tinha um terno Dolce e Gabbana de veludo azul sendo vendido por $450, uma bolsa da Guees por $50, perfumes, óculos, camisetas, calças, tudo, tudo o que você possa imaginar, pra todos os tipos de bolso, com preços muito atrativos. Passei minha tarde toda lá e saí de lá muito pobre... pobre, mas, feliz!


(Century 21 - um outlet gigante)

JACK's WORLD
Falando em compras, não dá pra não visitar essa loja de $0,99. Sim, você leu direito! Essa lojinha de artigos de 99 cents vale sim uma visita. Ao contrário da lojas de R$1,99 do Brasil onde você só encontra muambas e quinquilharias, nessas lojas você encontra coisas úteis e de qualidade bem bacana, também com descontos incríveis. Nem tudo lá custa só 99 cents, mas, tem muita coisa bem barata - mais barata que em outras lojas - que fazem a visita valer a pena. Sem contar que, todas as varias vezes que fui lá, ao chegar no caixa você ainda descobre que ganhou mais descontos. Normalmente uma compra de $20 ou $25 aind tem mais uns $2 ou $3 de descontos "aleatórios". Aleatórios porque nunca consegui entender de onde eles vem, mas, não reclamo, tá valendo! kkk. Eles tem 3 endereços em Manhattan: 32nd ST número 110, 40th St número 16 e 45th ST número 45. Veja também o site deles.

TIMES SQUARE
Ahhhh, então, fui tragado como uma borboleta na luz por aquele turbilhão de holofotes e luzes neon. A Times Square nada mais é que um enorme quarteirão com os cruzamentos da 7th Avenue com a Broadway, entre as ruas 42 e 47. Nesse miolo de ruas tem vários teatros, lojas, restaurantes e é um lugar muito interessante para passear. Pra chegar lá, você pode pegar o metrô da linha 3 vermelha, N amarela ou 7 lilás e descer na estação 42nd St.



(Embaixo dessa escada vermelha fica o quiosque da TKTs)


M&Ms STORE
Pertinho da Times Square, no número 1600 da Broadway entre a 48th e a 49th Av. você encontrará uma loja da qual os dentistas são fãs. Lojas como essas, que tem de monte nos EUA nos fazem visitar nossos amigos dentistas com mais frequência. Minha primeira carie foi encontrada quando voltei da minha primeira incursão aos EUA, mas, deixa pra lá. Nessa loja você compra todos os tipos de M&Ms e vários outros produtos da MARS, fabricante dessas gostosuras, além de muito produtos temáticos como camisetas, pelúcias, brinquedos, etc. Como é pertinho da Times Square, vale a pena uma visita. Detalhe: comprar M&Ms lá é o maior legal, mas, tenha em vista que os preços lá são mais altos. DicadoSalim#

(Staying alive)

(Morri!)



INGRESSOS COM DESCONTO - TKTs
Na Times Square você encontra o quiosque da TKTs, onde são vendidos ingressos para a maior parte dos shows da Broadway, com descontos de 30% a 50%. Então, fica a dica, se você for fã de musicais como ou  vá cedo nesse quiosque que fica no meio da Times Square e compre seus ingressos. Eles vendem ingressos apenas para o dia em questão, e você também pode acompanhar o que está disponível e o desconto oferecido pelo próprio site da TKTs.

(É bem fácil de achar o quiosque da TKTs.)

Em posse dos meus ingressos, fui assistir ao meu musical favorito. Avenida Q! Quer dizer... é o musical que eu tava fazendo no Brasil também, então, tinha que ser a primeira coisa que assistiria na Broadway.

(Eu e o "Princeton" novaiorquino. Ele faz o mesmo personagem que eu)

(Meu personagem)

(Que sonho!)

(Em outra noite, tiveque assistir Mary Poppins - é sen-sa-cio-nal!)

FAO SCHWARZ - A fantástica LOJA de brinquedos
Essa loja de brinquedos é muito show. Ela fica na 5th Avenue, número 767 (estação 5th Avenue com a 59ST, linha NQR amarela) - bem atrás da loja da Apple. Lá tem de tudo o que você puder sonhar, imaginar e comprar no quesito brinquedos. Eu fiquei louco com a quantidade de LEGOs que tinha lá. E são todos brinquedos lindos, de qualidade e o preço nem é tão absurdo. Tem ainda uma ilha com todos aqueles doces que somos acostumados a ver em filmes norte americanas e tem sabores incríveis. Eu comprei muuuuita daquelas balinhas de goma diferenciadas, sabe!? Além disso, tem o super piano em proporções gigantes que pode ser tocado por qualquer um.

(O piano tocado por Tom Hanks no filme "Quero ser grande")

(Puppet workshop - onde você monta o seu próprio personagem de Vila Sésamo)

BROADWAY DANCE CENTRE
Pra quem gosta de dançar, a pedida é o BDC. Lá dá pra fazer aulas de dança avulsas em todas as modalidades que você puder imaginar. Tem aulas para os iniciantes e para os profissionais. Você paga entre $18 e $20 por aula, ou ainda pode comprar um cartão que vale para 5 aulas por $80 e escolhe as aulas que vai fazer pelo site deles - CLIQUE AQUI. Pra quem, como eu, faz musicais, essas aulas são fenomenais. Fiz aulas de sapateado, jazz, lyrical jazz, canto e musical theatre. Se você curte, vá lá!

(Eu e a Talitha na aula de Jazz com a SUPER Sue Simons)

(Vamos aquecer?)


CENTRAL PARK
Visitar o central park é uma obrigação pra qualquer pessoa que visite Nova York. Mesmo porque não dá pra passar pela cidade sem se deparar com ele em algum momento da sua viagem. Ele começa na rua 59 e termina na rua 110. Dá pra chegar lá de metrô, ônibus, taxi e meu meio preferido: a pé! Lá dá pra visitar o zoológico da cidade, a Bethesda Fountain (um chafariz bem legal),  fazer cooper, conhecer a fauna e flora locais e dá pra passear de carruagem se você estiver afim de botar a mão no bolso e gastar entre $50 e $100 por isso. Tem também os strawberry fields onde os fãs dos Beatles deixam flores e sempre tem alguém tocando ou cantando suas canções.


(Performance na frente da Bethesda Fountain)


(Esquilo!)

METROPOLITAN MUSEUM OF ART
Ele fica praticamente dentro do Central Parque, na 5th Avenue na altura da 82nd Street East (lado direito do mapa). As estações mais próximas de metrô são 77ST ou 86ST da linha 4-5-6 verde. Pra um nerd como eu, visitar museus é um supra sumo em qualquer viagem. Nessa primeira ida, como estava com pouco tempo, resolvi ir em um museu apenas que tivesse muita coisa. Nesse tinha tudo (o que eu gosto) desde arte egípcia até pontilhismo. Aliás, vocês estão lendo o blog de uma pessoa que chorou bastante a primeira vez que esse quadro da foto abaixo ... sei lá, acho incrível a obra do pontilhista Georges Seurat. A entrada é gratuita  Naquelas, lá tem a "recomendação" de pagar $25 por pessoa na entrada, mas, no guichê você dá quanto quiser. Eu paguei $5 pra entrar, e vi pessoas dando $1 e a caixa do museu não questiona nada... eles estão acostumados. Arte lá é pra todos e cada um dá o que pode. 

(Un dimanche après-midi à I'll de la grande Jatte)


(MET)

GRAND CENTRAL
Bem, pra quem não leu minha descrição do 1º post desse blog, eu sou técnico em transportes sobre trilho (também). Ou seja, além de tarado por aviões, eu sou apaixonado por trens também. Essa estação foi uma referência muito bacana durante meus estudos do curso técnico. É um lugar lindo, enorme... e no saguão principal da estação há uma pintura das principais constelações no teto. Passei quase 1 hora observando tudo. Há também muitas lojas - incluindo uma bem grande da apple - restaurantes e muita, mas muita gente circulando o tempo todo. Esse lugar já foi cenário de muitos filmes então, aposto, quando você colocar os pés lá, vai se sentir familiarizado com o ambiente. 

(Abóboda celeste) 


(Vai dizer que nunca viu esse lugar em nenhum filme?)


Enfim, pra uma primeira visita a cidade que nunca dorme eu me diverti muito. Nova York é cheia de atrações para todos os gostos e todos os bolsos. Vou publicar aqui também as coisas que fiz na segunda visita à big apple, onde fui com mais tempo, dinheiro e informações. Divirta-se!

E, para finalizar, dica "pras amiga brasileira": ôôô colega, valoriza sua depilação no brasil, porque aí ela é mais barata.


Obrigado pela visita, e tenha uma ótima viagem!